Simone defendeu que os municípios se organizem de forma a ter profissionais especialistas para realizarem: a gestão orçamentária, que seria o responsável por conhecer a lei 4.320/64, além de dominar as questões que envolvem o ementário, fontes de classificações, entre outros; a gestão contábil, neste caso entendido em sua essência, considerando patrimônio e as regras fixadas pelo Conselho Federal de Contabilidade; a gestão fiscal, que seria o especialista em Lei de Responsabilidade Fiscal, mínimos fixados, o que pode ou não computar. A Secretária registra que os municípios também precisam contar com um contador para produzir informações gerenciais, analisar os dados produzidos, realizar projeções, tendências e cenários e apoiar a tomada de decisões dos gestores públicos.
“Se eu quero ter uma informação de qualidade, eu preciso estruturar esses departamentos de contabilidade, gerenciar e delegar as responsabilidades para que o produto seja entregue. Esses quatros profissionais devem trabalhar juntos, interagindo. Precisamos dessa especialização”, destacou a secretária.
Ela iniciou a fala ressaltando o grande volume de alterações promovidas na contabilidade a partir de 2000, com a LRF. “Tivemos uma evolução significativa das funções desenvolvidas pelos profissionais da contabilidade. Tenho uma percepção que os departamentos de contabilidade não acompanharam as evoluções normativas e as atribuições”, afirmou ela.
Também foi ressaltado pela palestrante a necessidade de estruturação e modernização das tesourarias municipais, incorporando as novas tecnologias e especialmente a necessidade de se realizar a gestão por fontes de recursos.
Simone antecipou que o TCE-ES fará um questionário a ser respondido pelos profissionais para conhecer a estrutura dos municípios, tendo como enfoque avançar para o fornecimento de melhores condições aos profissionais. “Sou uma batalhadora para que tenhamos qualidade da informação contábil do município. É de lá que nasce toda a estrutura para acumular até o balanço geral consolidado dos entes da federação. Daí a importância com a informação na ponta, onde ela nasce. E para que você possa ter esse zelo, é necessário que tenha estrutura e suporte para que a informação seja gerada com qualidade”, disse.
Toda essa estruturação se faz necessária para que os gestores públicos e a sociedade posam explorar a contabilidade todas as suas potencialidades, ou seja:
“Só terei contabilidade do futuro se eu tiver estruturas que suportem a geração dessa informação. Não terei contabilidade do futuro com estruturas do passado. Não vou conseguir gerar essa informação com estrutura obsoleta”, finalizou Simone.
Programa
O curso de aperfeiçoamento em contabilidade pública vem atender a uma necessidade, cada vez mais crescente, de qualificar e aperfeiçoar os conhecimentos dos profissionais contábeis que atuam na esfera pública. O intuito do curso, que terá carga horária de 184 horas, é, além de promover a educação continuada, ser um importante espaço de debates valiosos, com trocas de experiências e atividades na prática, dentro do planejamento das ações primordiais para todo agente que atua nessa área.
Faça sua inscrição.
Confira a live na íntegra.
Com informações do CRC-ES.
Informações à imprensa:
Assessoria de Comunicação do TCE-ES
ascom@tcees.tc.br
(27) 98159-1866