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Na manhã desta segunda-feira, 2/08, o CRCES, junto com SEBRAE/ES e o Fórum REDESIM, realizaram um encontro importante para discutir a Reforma Tributária, sendo um momento de intercâmbio de ideias entre parlamentares federais, empresários e entidades representativas do setor.
O tema em destaque traz além da relevância, um olhar mais sensível, principalmente, quando se trata das pequenas empresas. Dessa forma, o objetivo dessa união é buscar a aprovação de uma reforma que traga a simplificação como base e que possa atender a todos os setores.
Estavam presentes, representando os parlamentares, os senadores Marcos do Val (presencial), Rose de Freitas (online) e os deputados federais Felipe Rigoni, Neucimar Fraga, Helder Salomão, Ted Conti e Evair de Melo. Junto com os representantes das instituições que forma o FÓRUM REDESIM e demais autoridades do SEBRAE e de outros setores.
A presidente Carla Tasso fez a apresentação da proposta, em que o resumo está no final da matéria, e destacou um dos pontos de análise está em simplificar primeiro os entes federais e depois os estaduais, já que muitos estados e municípios não possuem estrutura tecnológica para as alterações. O superintendente do SEBRAE/ES, Pedro Rigo, ressaltou a importância do apoio dos setores empresariais nesse debate.
Para o deputado federal Da Vitória, que também é o coordenador da bancada capixaba em Brasília: “Julgo de extrema importância esse debate sobre o tema da reforma, principalmente envolvendo os setores empresariais e ressalto que todas as sugestões serão bem acolhidas, debatidas e encaminhadas às comissões pertinentes”.
Já o parlamentar federal, Felipe Rigoni, esse espaço reforça as ações de aproximação dos parlamentares da sociedade. “A reforma tributária afeta a todos e esses eventos proporcionam discussões importantes e que vão fazer a diferença para todos os segmentos, além de fortalecer as conversas com a sociedade em geral”.
Presidente Carla Tasso junto com os representantes do SEBRAE/ES e os parlamentares
Representantes do FÓRUM REDESIM
Espaço com os representes de outras entidades ligadas ao assunto
Abaixo as sugestões de mudanças nas PECs 45 e 110 e nos Projetos de Lei 3887 e 2311 feitas pelas instituições que realizaram os evento
ICMS e ISS
Pela particularidade e considerando a atual conjuntura dos tributos a proposta sugerida é afastar neste primeiro momento o ICMS e ISS da reforma, devido às particularidades regionais no País, assim como o emaranhando de alíquotas e excepcionalidades existentes.
O ideal é iniciar pela simplificação de regras entre os estados do País e posteriormente na unificação dos devidos tributos.
Deixamos como sugestão no que tange a questão municipal a implantação NF de serviços nacional, esta já prevista no sistema Sped.
CBS
Em relação a CBS o projeto prevê uma majoração na alíquota para empresas tributadas pelo regime presumido de 3,65% para 12%, sendo permitido a dedução de créditos, porém o creditamento continua com subjetividade e não ainda sem alcance de toda cadeia produtiva que antecede a entrega do produto ou serviço, o que traria um maior ônus as empresas.
Sugestão 1:
Permanecer as alíquotas como estão, permitindo a opcionalidade das empresas de se obterem do creditamento de insumos na cadeia produtiva, assim como todos os serviços que o antecedem, isso independente do mesmo ser optante pelo LR ou LP.
Sugestão 2:
Em caso de alguma majoração que continue sendo opcional a decisão de se utilizar creditamento, e este em sua totalidade e de forma clara evitando assim contingenciamento.
IR PESSOA FÍSICA
Sugestão 1
O reajuste proposto pelo projeto não é suficiente para suprir a defasagem da inflação desde a última atualização efetuada.
Sugerimos reajustar pelo índice inflacionário como IPCA por exemplo, não ter limite para a utilização da declaração simplificada, o que seria um retrocesso e incluir na legislação a obrigatoriedade de reajuste anual, evitando assim defasagem nos próximos anos .
LUCROS E ADICONAL DE IRPJ
Considerando que ao retirar a tributação dos lucros em 1995 o governo instituiu o adicional do IRPJ como forma de compensação nossas sugestões passam por um equilíbrio sem aumento da carga tributária e sim uma igualdade com menor reflexo possível no mercado e resultado das empresas, tendo ainda que considerar que muitas atividades tiveram impacto negativo expressivo nos últimos 3 anos, o que não se recupera de forma tão célere.
Sugestão 1
Em permanecendo a tributação dos lucros, que seja retirado o adicional de IRPJ de 10%, nesta situação que não haja distinção por faturamento da isenção e que está passe de R$ 20.000 para R$ 50.000.
Não tributar os lucros pagos a controladas e coligadas
Sugestão 2
Não ter a tributação dos lucros e corrigir o adicional e IRPJ pela inflação desde 1999.
SCP E SPE
A reforma prevê que em caso de constituição de SCP , a mesma tenha a mesma tributação da sócia ostensiva , isso alegando a simulação e fraude tributária , o que não é verdade e não procede.
Sugestão
Deixar como está, possibilidade de se ter tributação diferente entre a SCP e sócia ostensiva e proibir que SPE seja sócia de SCP , deixando claro na legislação que a SPE deve ter propósito específico e a impossibilidade de se associar a outras empresas , o que impediria as evasões fiscais.
SIMPLES NACIONAL
Simplificar a tributação do simples nacional permitir os limites estaduais iguais aos federais.
OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS
Reduzir o numero de obrigações assessorias e uniformizar para todas as empresas, assim como implantar em definitivo a inscrição única de empresas , por meio de sistema federal.