Caminhada Inclusiva reuniu famílias e entidades na orla de Camburi

A 1ª Caminhada Inclusiva Contabilizando Saúde organizada pelo Conselho Regional de Contabilidade do Espírito Santo reuniu famílias e entidades que atuam na promoção dos direitos das pessoas com deficiência. O evento, que aconteceu no último domingo, 24, na orla da Praia de Camburi, em Vitória, teve como objetivo conscientizar a sociedade sobre a importância da inclusão social e da acessibilidade.

A caminhada contou com a participação de cerca de 100 pessoas, entre elas crianças, jovens e adultos com diferentes tipos de deficiência além dos contadores. Os participantes percorreram um trajeto de 2 km, saindo do Memorial Araceli localizado próximo ao viaduto da Vale e chegando ao antigo hotel Canto do Sol. Durante todo o percurso foram realizadas pequenas paradas para que os participantes pudessem interagir com o público.

A iniciativa foi elogiada pelos participantes, que destacaram o clima de alegria, respeito e solidariedade. Além disso, a caminhada serviu para chamar a atenção das autoridades e da população para as demandas das pessoas com deficiência, como a garantia de educação, saúde, trabalho e lazer de qualidade.

O presidente do Instituto Luiz Braille do Espírito Santo, Manoel Peçanha, destaca a importância do evento. “Precisamos de outras ações como esta. Neste evento somos os protagonistas. A sociedade precisa olhar para o deficiente com um olhar especial. E o Poder Público precisa efetivar as leis em favor da classe”, disse Manoel Peçanha.

Já Andriele Helmer de Souza que é deficiente visual e participou da caminhada ressalta. “Sou atleta paraolímpica e vejo muita dificuldade na inclusão do deficiente em todos os campos, seja no mercado de trabalho, no esporte e na sociedade. Precisamos avançar na área”, avalia Andriele que é mãe de três filhos todos deficientes.

Quem também avaliou a caminhada de forma positiva foi Joelma Maia, mãe de um adolescente de 13 anos que é autista. “Muitos deficientes são produtivos por isto precisamos acabar com o preconceito também dentro das empresas. Nós mães e pais vivemos diariamente nesta luta de tirar nossos filhos de dentro de casa e mostrá-lo a sociedade”, ressalta Joelma Maia.

Outra instituição que participou da caminhada foi a Associação dos Amigos dos Autistas do Espírito Santo (Amaes). “É dando visibilidade à causa que conseguimos avançar. É muito mais fácil construir uma rampa do que adaptar todos os outros espaços para receber uma pessoa com algum tipo de deficiência”, finaliza Letícia Coutinho.

Informação à Imprensa

Helton Carvalho

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