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O setor de serviços registrou crescimento nominal de 5,7% em junho, na comparação com o mesmo mês de 2013, segundo dados divulgados nesta terça-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa é a menor variação da série histórica iniciada em janeiro de 2012. Em maio, o indicador havia ficado em 6,6% e, em abril, em 6,2%.
No ano, a receita dos serviços acumula alta de 7,4% e, em 12 meses, de 8% – os menores índices da série.
“Fazendo uma síntese do que correu no mês de junho, a Copa do Mundo beneficiou alguns setores e para outros ela não trouxe grandes benefícios. Isso por causa do grande número de feriados e dias parados”, disse Roberto Saldanha, técnico da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE. “Isso trouxe um certo desaquecimento nos setores de serviços, principalmente nos setores institucionais. Se por um lado houve benefício para setores ligados diretamente com a Copa, como alojamento, alimentação e serviços audiovisuais, outros setores apresentaram desaquecimento em função de uma queda na demanda dos seus serviços”, complementou.
De acordo com o IBGE, os serviços prestados às famílias cresceram 11,2%; os de informação e comunicação, 5,7%; os profissionais, administrativos e complementares, 7,3%; transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio, 4,6%; e outros serviços, 1,2%.
Contribuíram para a desaceleração do setor o resultado de 4,6% dos transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio, inferior aos meses de maio (7,5%) e abril (8,0%), e o crescimento de 1,2% em outros serviços, contra 5,6% em maio e 9,7% em abril.
“Toda a parte de demanda do transporte de cargas foi desaquecida por causa do grande número de feriados e dias úteis não trabalhados”, afirmou Saldanha.
Na análise regional, as maiores variações ocorreram no Distrito Federal (18,7%), Rio de Janeiro (12,4%) e Goiás (10,2%) e, as menores, em Minas Gerais (0,7%), Alagoas (1,1%) e Amazonas (1,4%).
“Pudemos observar que a Copa do Mundo afetou de forma diferenciada algumas unidades da federação. Umas tiveram crescimento maior do que outras”, disse. Segundo o técnico do IBGE, merece destaque a Bahia, que registrou crescimento de 33,9% em alimentação e alojamento. Pernambuco teve 17,7%, e o Rio de Janeiro, 15%. O menor aumento foi visto no Paraná (7,4%), onde mais pessoas preferiram usar campings. “Não houve crescimento muito grande em estabelecimentos como hotéis e pousadas e, sim, em campings, que têm peso bem menor na composição nesse segmento”, afirmou Saldanha.
Fonte: g1.com