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Mudanças em benefícios previdenciários vão aumentar custos das empresas; auxílio-doença é a principal delas.
“Vai representar aumento de custos e criar um efeito cascata”, disse o presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo. Ele acredita que, em um primeiro momento, a tendência é aumentar os pedidos de afastamento de funcionários. Ele prevê que esses custos sejam repassados para o consumidor final. “É lamentável que isso aconteça”, afirmou.
Segundo Campagnolo, os microempreendedores que atuam no segmento industrial vão sofrer o impacto com mais intensidade até porque a maioria destas empresas têm de dois a três funcionários.
Para o presidente da Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio-PR), Darci Piana, as mudanças no auxílio-doença vão trazer aumento de custos e grandes problemas. Ele também acredita que os microempresários é que serão os mais prejudicados. As empresas de serviços terceirizados de segurança, limpeza e conservação também serão muito afetadas, segundo ele. “Vai ocorrer repasse de custos para o consumidor final com certeza absoluta”, afirmou.
Ele lembrou que esse custo vai se somar aos aumentos da energia elétrica, da elevação do ICMS no Paraná, do combustível, da Cide sobre a gasolina, o que pode até levar a demissões no comércio. Tudo isso deve refletir em queda de vendas no setor comercial.
O vice-coordenador da pós-graduação em Desenvolvimento Econômico da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Alexandre Alves Porsse, também acredita que ocorra impacto imediato de aumento dos custos das empresas. O lado positivo, segundo ele, é que as empresas vão implementar um controle maior de afastamentos por questões de saúde. Ele acredita que, a longo prazo, ou seja, após um período de dois anos, as empresas podem conseguir diminuir esses custos. No entanto, de imediato, deve ocorrer aumento de preços para o consumidor final.
O coordenador do curso de Ciências Econômicas da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Carlos Magno Bittencourt, disse que com as mudanças do auxílio-doença, o governo federal está transferindo a sua competência para a iniciativa privada. No entanto, ele acredita que haverá mais corresponsabilidade das empresas nas licenças médicas. Ele prevê que isso vai aumentar os custos e que haverá repasse para os preços. Bittencourt acredita que agora as empresas vão ser mais rigorosas na hora de contratar e devem investir mais em medicina preventiva.
Fonte: folha web / Portal Contábeis